Uma plataforma de seis sindicatos de trabalhadores de terra defendeu que o Estado deve assegurar uma “posição equilibrada” no processo de privatização da TAP, considerando que é uma salvaguarda dos interesses do país.

Num comunicado emitido após uma reunião no Ministério das Infraestruturas e Habitação, na quinta-feira, esta plataforma registou que manifestou as suas preocupações sobre “diversas questões laborais” e a privatização da TAP.

“Esta plataforma entende que deve o Estado português assegurar uma posição equilibrada na companhia aérea, de modo a que possa assegurar a estratégia da própria companhia, o ‘hub’ de Lisboa, a área da manutenção e consequentemente os interesses do país”, refere o documento assinado pelas direções dos seis sindicatos.

O documento é assinado pelas direções de Sindicato da Industria Aeronáutica (SIA), Sindicato dos Trabalhadores dos Aeroportos Manutenção e Aviação (STAMA), Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes de Portugal (STTAMP), Sindicato dos Quadros da Aviação Comercial (SQAC), Sindicato das Industrias Metalúrgicas e Afins (SIMA) e Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC)

Estes sindicatos consideram que a TAP é “uma empresa de âmbito nacional com fundamentos estratégicos muito importantes para o país”, um pilar do PIB português e responsável por milhares de postos de trabalho.

Para SIA, STAMA, STTAMP, SQAC, SIMA e SINTAC, o equilíbrio do domínio público na TAP é fundamental, porque se a companhia aérea dependesse dos privados “já não existiria, tal como ficou comprovado no passado recente”.

O anterior governo socialista deu início ao processo de reprivatização da TAP no ano passado e esperava ter a operação concluída ainda no primeiro semestre deste ano, mas a operação ficou em suspenso devido à dissolução do parlamento e convocação de eleições legislativas antecipadas, em março, que deram a vitória à Aliança Democrática (PSD, CDS-PP E PPM).