As companhias aéreas da Hungria e de Cabo Verde vão poder operar até sete frequências por semana entre os dois países, segundo um acordo estabelecido, na sexta-feira, entre os dois países.

A Agência de Aviação Civil de Cabo Verde anunciou que o acordo é válido “para qualquer tipo de aeronave e para as operações de passageiros e carga”.

O entendimento surge depois de um encontro, na Praia, entre delegações das agências dos dois países, com o “objetivo comum de aumentar ainda mais a capacidade, de modo a refletir a procura crescente de serviços aéreos entre a Hungria e Cabo Verde”, cujas capitais estão separadas por cerca de 5.300 quilómetros.

As infraestruturas aeroportuárias de Cabo Verde entraram em obras em abril (aeroportos do Sal, Praia, São Vicente e aeródromo do Maio) na sequência da concessão à multinacional Vinci, que pretende levar mais voos internacionais para o arquipélago.

A companhia europeia de baixo custo Easyjet anunciou na quarta-feira que vai começar a ligar a ilha do Sal e Portugal em outubro.

Em abril, durante a visita à Praia do primeiro-ministro português, Luís Montenegro, o líder do Governo cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, disse que o acordo aéreo entre os dois países vai ser revisto.

Os estabelecimentos hoteleiros de Cabo Verde receberam um milhão de hóspedes em 2023, um novo recorde, em linha com a tendência de crescimento do setor que representa cerca de um quarto da riqueza anual produzida pelo arquipélago.

Entretanto, os voos domésticos continuam incertos: a empresa concessionária (Bestfly) fechou operações no arquipélago e a estatal Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV) alugou aviões ao vizinho Senegal para manter as ligações, mas sem conseguir evitar cancelamentos recorrentes.

Na sexta-feira, o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças cabo-verdiano, Olavo Correia, pediu que as falhas sejam “corrigidas”, remetendo para os próximos dias o anúncio de soluções.