A Administração Federal de Aviação (FAA), organismo responsável pela supervisão da aviação civil nos Estados Unidos da América, poderá enfrentar uma saída significativa de trabalhadores, com a possível retirada de mais de 1.200 colaboradores nos próximos meses. A notícia foi avançada pelo The Wall Street Journal, com base numa apresentação interna datada de 7 de maio deste ano.

O documento em causa aponta para um “êxodo de funcionários em todos os níveis de qualificação”, atribuído em parte a um regime de reforma adiada introduzido durante o mandato de Donald Trump. Esta conjuntura suscita apreensão, sobretudo num período em que o sector enfrenta crescentes atrasos em voos, incidentes operacionais e falhas técnicas.

A eventual perda de quadros experientes poderá comprometer a eficácia da FAA, cuja função abrange a supervisão da segurança das companhias aéreas, a certificação de aeronaves, a gestão do tráfego aéreo e a introdução de tecnologias inovadoras no sistema de aviação nacional.

Nos últimos tempos, a agência tem sido alvo de críticas e pressão devido a vários episódios relacionados com falhas na fiscalização, lacunas na formação de pessoal e incidentes de segurança. A saída de profissionais especializados poderá acentuar estas fragilidades, colocando em risco a estabilidade e o bom funcionamento do sistema.

Até ao momento, não foram anunciadas medidas concretas por parte da FAA para lidar com este possível êxodo, nem planos imediatos para contratar ou substituir os profissionais que se prevê que abandonem a instituição.

Este cenário lança novos alertas para o sector global da aviação, que muitas vezes depende das normas e certificações da FAA, agravando os desafios já existentes em matéria de segurança e sustentabilidade operacional.