A Lufthansa, principal grupo de companhias aéreas da Europa, anunciou hoje uma queda de 8% no lucro líquido do terceiro trimestre, pressionado pelo aumento dos custos de manutenção, despesas e salários do pessoal.
O lucro líquido ascendeu a 1,1 mil milhões de euros no terceiro trimestre do ano, resultados que contrastam com o lucro excecional gerado pelo grupo no mesmo período de 2023, durante o qual recuperou após a crise sanitária.
No entanto, a procura aumentou no terceiro trimestre de 2024, permitindo ao grupo Lufthansa aumentar em 5% o volume de negócios, para 10,74 mil milhões de euros, ou seja, o “melhor rendimento trimestral da sua história”, afirmou em comunicado.
De julho a setembro 40 milhões de passageiros viajaram nas empresas do grupo, um aumento de 6% face ao período homólogo.
A taxa de ocupação dos voos atingiu 87%, ligeiramente acima do atingido no mesmo período de 2023.
No entanto, o aumento da capacidade no setor aéreo reduziu o preço dos bilhetes de avião de passageiros em 3,5% num ano. A queda é particularmente forte nos voos para a Ásia (-14%).
Esta perda de receitas soma-se ao aumento dos custos de manutenção, pessoal e despesas, que continuaram a impactar as contas da Lufthansa no terceiro trimestre.
“Atrasos na entrega de novas aeronaves (…), aumento dos custos de localização, aumento dos custos com pessoal e despesas de compensação na sequência de irregularidades de voo tiveram impacto no resultado da Lufthansa Airlines”, refere o comunicado.
Após uma série de greves, os funcionários de terra da empresa obtiveram um aumento salarial médio de 12,5% no final de março.
O grupo quer implementar um programa de poupança para “aumentar a eficiência” da companhia aérea, nomeadamente apostando nos voos de longo curso mais rentáveis.
Estas medidas deverão permitir um efeito positivo nos resultados operacionais de cerca de 1,5 mil milhões de euros até 2026.
No comunicado hoje divulgado, a Lufthansa confirma o seu objetivo de gerar um lucro operacional entre 1,4 e 1,8 mil milhões de euros em 2024.