As cadeiras de piloto de centenas de aviões Boeing 787 vão ser inspecionadas, depois de um incidente ocorrido em março num voo da companhia chilena Latam, durante o qual a aeronave perdeu subitamente altitude, anunciou o regulador americano.

O incidente causou ferimentos em meia centena de passageiros e aconteceu após uma série de avarias em aviões da Boeing, que levantaram dúvidas sobre os controlos de qualidade da fabricante norte-americana de aeronaves.

Os passageiros cujos cintos de segurança não estavam colocados foram projetados para o teto depois de o avião ter perdido altitude repentinamente.

O avião operado pela empresa chilena Latam fazia a ligação entre Sydney, na Austrália, e Auckland, na Nova Zelândia.

O regulador norte-americano da aviação civil solicitou as inspeções após um relatório que dava conta de um “movimento descontrolado para a frente do assento do comandante que resultou numa descida rápida”, de acordo com um comunicado.

Cerca de 158 aviões registados nos Estados Unidos e 737 no resto do mundo serão abrangidos pela diretiva do regulador.

Desde o incidente, quatro outros casos de “movimentos descontrolados” das cadeiras de pilotos ou copilotos foram reportados pela Boeing ao regulador, sendo que em três situações as alavancas de ajuste do assento estavam demasiado folgadas.

Justificando as inspeções, o regulador da aviação civil dos Estados Unidos assinala que um “movimento involuntário e prolongado do assento” pode resultar numa manipulação “involuntária e abrupta dos comandos de voo, que poderá provocar uma descida rápida do avião e ferir gravemente passageiros e a tripulação de cabina”.