A Administração de Aviação Civil chinesa (CAAC, na sigla em inglês) confirmou hoje o aumento do número de voos semanais diretos de passageiros entre a China e os EUA para 70, a partir de 09 de novembro.
O Departamento de Transportes dos Estados Unidos também já tinha anunciado os novos regulamentos na sexta-feira, aumentando o limite atual de 48 voos semanais (24 viagens de ida e volta) para 70.
Entre as companhias aéreas chinesas que poderão lançar mais voos para os EUA estão a Air China, a Beijing Capital Airlines, a China Eastern Airlines, a China Southern Airlines e a Hainan Airlines, referiu o jornal oficial chinês Global Times.
As autoridades norte-americanas manifestaram o desejo de continuar o “diálogo produtivo” com a CAAC para facilitar uma reabertura gradual e mais ampla do mercado de serviços aéreos entre a China e os Estados Unidos.
As ligações diretas entre os dois países foram reduzidas ao mínimo durante a pandemia, devido à política chinesa de ‘covid zero’, que incluiu um encerramento quase total das fronteiras a estrangeiros.
A agência de viagens online chinesa Qunar sugeriu que, “embora ainda haja uma diferença significativa em comparação com o volume de voos em 2019, este último aumento, que é o segundo ajuste na frequência de voos num curto período, indica uma tendência para ambos os lados expandirem as operações de voo”.
O aumento do número de voos permite aos passageiros aceder a mais voos diretos, o que é de “grande importância” para o fluxo de passageiros entre os dois países, afirmou a agência.
Os 24 voos semanais entre a China e os EUA corresponde a 6% do volume de 2019, lamentou em junho o vice-presidente para o Norte da Ásia da Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA), Xie Xingquan.
A retoma das inúmeras rotas aéreas que existiam antes da pandemia entre os dois países tem sido lenta, o que tem feito com que o preço dos bilhetes entre as duas maiores economias do mundo tenha permanecido elevado.
O aumento da frequência dos voos surge após a visita do ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, aos Estados Unidos, numa tentativa de melhorar as relações entre as duas potências.
A viagem de Wang seguiu-se a visitas à China de vários responsáveis norte-americanos este ano, incluindo o secretário de Estado, Antony Blinken, os secretários do Tesouro e do Comércio, Janet Yellen e Gina Raimondo, e o enviado especial para as Alterações Climáticas, John Kerry.
No início de outubro, o líder chinês Xi Jinping afirmou que a relação bilateral “irá determinar o destino da humanidade” após se reunir com a primeira delegação de senadores dos EUA a visitar a China em quatro anos.
As relações entre Pequim e Washington deterioraram-se nos últimos anos devido a uma guerra comercial e tecnológica, diferendos sobre direitos humanos, o estatuto de Hong Kong e Taiwan ou a soberania do mar do Sul da China.