O Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, já tinha recebido esta quarta-feira, 10 de abril, a operação pouco habitual de um A330-200 da companhia norte-americana Hawaiian Airlines, conforme noticiado pela Aviação TV.
Concretamente, o Aeroporto do Porto recebeu do Airbus A330-243 da Hawaiian Airlines com a matrícula N383HA que operou o voo HA1592.
Tratou-se de um voo de treino de tripulações em operações NAT/HLA e ETOPS entre Boston e o Porto.
A aeronave regressou a Boston, com o número de voo HAL1593. O momento foi captado por vários spotters do Porto, nomeadamente o canal de YouTube “Porto Aviation” que efetua emissões regulares a partir do Aeroporto da cidade Invicta.
Estava prevista uma segunda passagem pelo Porto, para continuar a operação de treino de tripulações adicionais. Assim, a mesma aeronave regressa esta sexta-feira, dia 12 de abril (chegada prevista para as 21:00 locais) e regressa amanhã, dia 13 de abril a Boston, com partida prevista para as 12:55 locais.
As certificações ETOPS são requisitos essenciais concedidos por autoridades aeronáuticas, incluindo a FAA dos Estados Unidos e a EASA, que autorizam a operação regular de aeronaves executivas e comerciais bimotoras em rotas transoceânicas de longa distância.
A operação no espaço aéreo do Atlântico Norte, de FL290 a FL410, inclusive, requer autorização do Espaço Aéreo de Alto Nível do Atlântico Norte (NAT HLA) de uma autoridade de aviação civil. A autorização NAT HLA requer formação específica da tripulação de voo.
Recentemente, foi anunciada a aquisição da Hawaiian Airlines pela Alaska Airlines, uma empresa dos Estados Unidos, por um valor total de 1,9 mil milhões de dólares, incluindo uma parcela de 900 milhões de dólares referentes à dívida atual da Hawaiian Airlines.
O processo de fusão está previsto para ser concluído nos próximos 18 meses, após passar pela análise e aprovação das autoridades reguladoras dos Estados Unidos da América.
A Hawaiian Airlines foi criada para servir os residentes do arquipélago do Hawai, oferecendo voos inter-ilhas e de longa distância para o continente norte-americano, Pacífico Sul, Austrália e Ásia. Por outro lado, a Alaska Airlines opera principalmente na costa oeste dos EUA.
Ben Minicucci, CEO da Alaska, está designado para liderar o grupo resultante da fusão, que terá sede em Seattle. Ambas as marcas continuarão independentes, porém serão integradas numa única plataforma operacional, contando com um total de 1.340 partidas diárias, 365 aeronaves e com uma rede de 138 destinos.
Foto: Porto Aviation