Conforme avançou o jornal Expresso na edição deste fim-de-semana, a TAP já é a companhia mais pontual em Lisboa graças a ajustes operacionais, enquanto se especula novamente sobre a possibilidade da companhia voltar a considerar os Airbus A350.
Apesar das previsões de aumento na procura para 2024, a TAP continua a enfrentar restrições de crescimento devido ao plano de reestruturação e à escassez de slots no Aeroporto de Lisboa.
A companhia, que atualmente opera com 99 aeronaves (incluíndo a frota da TAP Express), abandonou a prática de contratos ACMI, anteriormente utilizada pela ex-presidente Christine Ourmières-Widener. Até o verão de 2023, a empresa mantinha sete aviões em regime ACMI, regime de aluguer de aeronaves com tripulação, manutenção e seguros assegurados por outra companhia.
Os resultados financeiros esperados para 2023 são promissores, com previsão de receitas superiores a 4 mil milhões de euros e lucros próximos a 300 milhões de euros, em comparação com os €65,6 milhões registados em 2022.
O administrador Mário Chaves supervisionou de perto a reorganização operacional, resultando em melhorias notáveis, incluindo a pontualidade, que atingiu um pico que não se verificava desde a gestão de Fernando Pinto. Mário Chaves já demonstrou habilidade semelhante durante sua gestão no Grupo SATA, onde a pontualidade da Azores Airlines também melhorou significativamente.
De acordo com o Expresso, a TAP registou uma pontualidade de 64% numa amostra de 9.972 voos até o início deste mês.
Além das melhorias na pontualidade, a TAP, assim como outras companhias, enfrentam desafios de capacidade no Aeroporto Humberto Delgado. Para lidar com essa questão, há discussões internas na empresa sobre o retorno dos Airbus A350, que possuem maior capacidade de passageiros em comparação com os atuais A330neo. Esses aviões também têm maior alcance e capacidade de voo.
Embora a TAP inicialmente tenha encomendado 12 unidades do A350, o negócio foi convertido para modelos da família A320neo e A330neo devido aos custos operacionais. Geralmente, os A350 são mais rentáveis e eficientes em voos com mais de 11 horas de duração.