A Transportadora Aérea Cabo-verdiana (TACV) já transportou cerca de 66 mil passageiros desde que, em julho de 2021, o Estado reassumiu a gestão da companhia, disse hoje, no parlamento, o ministro dos Transportes.
“Já transportámos cerca de 66 mil passageiros”, avançou Carlos Santos, em resposta a perguntas dos deputados, na primeira sessão parlamentar de março.
Para este ano, o governante disse que a companhia aérea de bandeira cabo-verdiana, que opera com o nome de Cabo Verde Airlines, prevê transportar cerca de 124 mil passageiros.
A companhia aérea faz ligações internacionais com Lisboa (Portugal), Paris (França) e Bérgamo (Itália), com dois aviões, um deles alugado desde março de 2022 à congénere angolana TAAG.
A TACV tem nos planos a retoma, ainda este ano, dos voos para Brasil e para os Estados Unidos.
“Nós estamos a criar todas as condições para este ano para termos os voos para estas comunidades”, assegurou o também ministro do Turismo.
Em março de 2019, o Estado de Cabo Verde vendeu 51% da TACV por 1,3 milhões de euros, à Lofleidir Cabo Verde, detida em 70% pela Loftleidir Icelandic EHF (grupo Icelandair, que ficou com 36% do capital da companhia cabo-verdiana) e em 30% por empresários islandeses com experiência no setor da aviação (que assumiram os restantes 15% dos 51% privatizados).
Posteriormente, na sequência da paralisação durante a pandemia de covid-19, o Estado cabo-verdiano reassumiu, em 06 de julho de 2021, a posição de 51% na TACV, alegando vários incumprimentos na gestão, e dissolveu de imediato os corpos sociais.
A transportadora aérea cabo-verdiana anunciou na semana passada o regresso aos voos domésticos em Cabo Verde, quase sete anos depois de ter deixado de os realizar.
Nesse período, as ligações aéreas entre as ilhas de Cabo Verde eram operadas por uma única companhia, em regime de concessão, atualmente entregue à empresa angolana BestFly, que comprou a maioria do capital da Transportes Interilhas de Cabo Verde (TICV), antes detida pelos espanhóis da Binter.