O Pentágono vai acabar com a proibição de voos do V-22 Osprey, que estão suspensos há quase três meses, depois do acidente do Comando de Operações Especiais da Força Aérea no Japão que matou oito militares.

A informação foi avançada à agência de noticias Associated Press (PA) após uma reunião de alto nível em que o secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, aprovou os planos dos serviços militares para um regresso seguro e ponderado às operações.

As autoridades afirmaram que o Comando Naval de Sistemas Aéreos, que há três meses imobilizou o controverso avião de rotor inclinado, decidiu levantar a suspensão e permitir que os serviços comecem, na próxima semana, a implementar os seus planos para colocar o Osprey de novo no ar.

Austin reuniu-se hoje de manhã com os principais líderes dos serviços, incluindo responsáveis da Marinha e da Força Aérea, segundo fontes daquela organização.

O Osprey está em terra depois do acidente ocorrido no Japão, a 29 de novembro, sendo que houve um outro acidente em agosto na Austrália, que matou três fuzileiros.

Os dois casos continuam a ser investigados, tendo a Força Aérea já identificado o que falhou no acidente do Japão.

Nos meses que se seguiram, os serviços trabalharam em planos para mitigar a falha material conhecida, realizando verificações de segurança adicionais e estabelecendo uma nova abordagem, mais conservadora, para a forma como o Osprey é operado.

As autoridades disseram que os militares norte-americanos também partilharão os seus planos com o Japão, o único parceiro internacional envolvido no programa Osprey.

O Japão também suspendeu a sua frota de 14 V-22 após o acidente de novembro.