A Emirates emitiu um sério aviso à Boeing, destacando a necessidade premente de mudanças. A companhia aérea expressou preocupações sobre a qualidade de fabrico e gestão da Boeing, considerando esta uma oportunidade crucial para a empresa corrigir a sua trajetória.
Tim Clark, presidente da Emirates, criticou o declínio dos padrões de fabrico da Boeing, atribuindo-o a falhas na gestão e governança, incluindo o ênfase excessivo dado ao desempenho financeiro sobre a excelência em engenharia.
Apesar de ser um dos principais clientes da Boeing, a Emirates enfatizou a importância da segurança e da qualidade, sublinhando a necessidade de revisão dos processos de fabrico.
A decisão da Emirates de enviar engenheiros para supervisionar a produção na Boeing e na Spirit AeroSystems reflete as preocupações profundas com a qualidade.
A deterioração da confiança na Boeing é evidente, especialmente após o incidente com o Boeing 737 MAX 9, o que levou a um escrutínio adicional sobre suas práticas de fabrico e garantia de qualidade.
A Boeing optou por não comentar publicamente as observações de Clark, mas comprometeu-se internamente a reconquistar a confiança dos parceiros e clientes.
Clark criticou a gestão anterior da Boeing por erros estratégicos, como a terceirização de componentes e a transferência da produção do modelo 787 para a Carolina do Sul, enfatizando a importância de uma revisão minuciosa dos processos de fabrico.
A necessidade de mudanças fundamentais na estratégia da Boeing também foi destacada por Aengus Kelly, CEO da AerCap, enfatizando a prioridade na segurança e na qualidade em detrimento das metas financeiras.