O promotor do aeroporto em Santarém, Carlos Brazão, defendeu hoje que a análise da Comissão Técnica Independente (CTI) não “é conforme com as recomendações da União Europeia” no que diz respeito ao conceito da zona de influência.
“Uma das coisas que percebemos é que esta análise da CTI não é conforme com as recomendações da União Europeia. Ficámos surpreendidos porque há uma recomendação da União Europeia que diz que a zona de influência de um aeroporto é uma hora de carro ou de comboio a partir do aeroporto, ou 100 km. A Comissão Técnica Independente inventou um conceito restritivo que é 30 minutos de carro”, disse Carlos Brazão.
O promotor do projeto ‘Magellan 500’, que defende o aeroporto em Santarém, falava aos jornalistas após a sessão pública de apresentação do “Relatório Preliminar do Novo Aeroporto de Lisboa”, que decorreu hoje em Santarém.
Carlos Brazão acusou assim a CTI de “inventar um critério restritivo” e de não obedecer aos critérios definidos pela União Europeia.
O promotor disse ainda que a CTI não aplicou este critério de forma “uniforme” e pediu uma revisão do conceito de zona de influência.
“Esse critério não é aplicado de forma uniforme. No caso de Alcochete, são 55 km até à Amadora, atravessando Lisboa toda. Não se consegue atravessar o campo de tiro de Alcochete e atravessar Lisboa toda até à Amadora em 30 minutos. Pedimos uma revisão de como essas zonas de influência foram definidas e calculadas”, referiu.