A companhia aérea russa Rossiya retomou no domingo os voos diretos entre Moscovo e Havana, suspensos desde março de 2022 devido às sanções impostas pela UE à Rússia pela invasão da Ucrânia.

O Boeing 777-300ER da Rossiya, subsidiária da transportadora russa Aeroflot, aterrou com mais de 300 passageiros no aeroporto internacional José Martí, em Havana, na primeira operação, informaram os meios de comunicação social oficiais.

Os voos que vão voltar a ligar as capitais da Rússia e de Cuba serão efetuados duas vezes por semana e, devido ao aumento da procura, está prevista uma operação adicional na rota para sábado, 30 de dezembro.

O Ministro do Turismo da ilha, Juan Carlos García Granda, sublinhou a importância da reativação dos voos entre Moscovo e Havana, uma vez que o turismo russo é atualmente a terceira maior fonte de viajantes internacionais para Cuba, depois do Canadá e dos Estados Unidos, de acordo com a televisão estatal cubana.

Este verão, a companhia Rossiya retomou os voos diretos entre Moscovo e a estância cubana de Varadero e, desde então, mais de 40 mil passageiros aproveitaram o voo de Moscovo.

Já em outubro de 2022, a Nordwind Airlines tinha retomado os voos diretos entre Moscovo e dois destinos cubanos, Varadero e Ciego de Avila, através de uma rota próxima do Polo Norte para o Atlântico Norte.

Entre janeiro e outubro deste ano, o fluxo de turistas da Rússia para Cuba aumentou 3,5 vezes, o que significa que mais de 146 mil turistas russos visitaram o país das Caraíbas, tinha afirmado, depois de retomados os voos da Norwind, o vice-primeiro-ministro russo, Dmitry Chernishenko.

De acordo com o responsável, a Rússia poderá enviar até meio milhão de turistas por ano para Cuba e tornar-se a principal fonte de turistas para o país.

O turismo é um setor essencial para a economia cubana, a atravessar atualmente uma grave crise, agravada pelos efeitos da pandemia da covid-19 e pelas sanções dos EUA.

Este ano, o número de turistas que visitaram a ilha não ultrapassou os dois milhões, em comparação com o objetivo fixado, no início do ano, pelas autoridades do setor, de 3,5 milhões de visitantes.

A nova previsão para 2024 aponta para três milhões de viajantes internacionais, muito longe dos mais de 4,2 milhões de visitantes registados na ilha em 2019, antes da pandemia.