A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), a principal entidade representativa das companhias aéreas a nível global, prevê que 2025 seja um ano de máximos históricos para o setor da aviação em termos de receitas.
De acordo com as estimativas agora divulgadas, a receita total das companhias aéreas deverá crescer 1,3% este ano, atingindo os 979 mil milhões de dólares (cerca de 862 mil milhões de euros), ultrapassando ligeiramente o aumento de 1% previsto para os custos operacionais, que deverão atingir os 913 mil milhões de dólares (aproximadamente 804,4 mil milhões de euros).
As receitas provenientes do transporte de passageiros também deverão alcançar um novo recorde, estimando-se um total de 693 mil milhões de dólares (610,6 mil milhões de euros), o que representa um acréscimo de 1,6% face ao ano anterior.
Este crescimento será reforçado pela subida das receitas obtidas através de serviços complementares — como a escolha antecipada de lugares, bagagem adicional ou serviços a bordo — que deverão ascender a 144 mil milhões de dólares, traduzindo-se num aumento de 6,7% face a 2024.
Quanto ao volume de passageiros transportados, medido em RPK (passageiros por quilómetro voado), prevê-se um crescimento anual de 5,8%, sinalizando uma estabilização do setor após os aumentos acentuados registados nos anos imediatamente após a pandemia.
Por outro lado, a rentabilidade por passageiro (yield) deverá cair cerca de 4% relativamente a 2024, tendência atribuída à descida dos preços do combustível e à intensificação da concorrência no setor. Esta redução, segundo a IATA, contribuirá para tornar as viagens aéreas mais acessíveis para os consumidores.
Em termos práticos, o preço médio de um bilhete de ida e volta, ajustado à inflação (em dólares de 2024), deverá rondar os 374 dólares (aproximadamente 330 euros) em 2025, o que representa uma queda de 40% face aos valores praticados em 2014.
A taxa média de ocupação dos voos (load factor) também deverá atingir um pico histórico, com uma média anual de 84%. Contudo, a associação alerta que a renovação e expansão das frotas continua a enfrentar constrangimentos, devido a dificuldades persistentes nas cadeias de fornecimento da indústria aeroespacial.