A Qatar Airways está próxima de concluir a compra de aproximadamente 200 aviões widebody da fabricante norte-americana Boeing, num negócio de grande dimensão que poderá ser formalizado já no início da próxima semana, segundo avançou a Bloomberg News.
O acordo incluirá, ao que tudo indica, 100 aeronaves de longo curso, com opções adicionais que poderão ser convertidas em encomendas firmes, elevando o total potencial para cerca de 200 unidades. A concretizar-se, esta aquisição representará uma vitória significativa para a Boeing, reforçando de forma expressiva a carteira de encomendas da sua divisão de aviões comerciais.
Apesar de já dispor de uma frota robusta de aviões de fuselagem larga e de ter diversas encomendas pendentes — incluindo exemplares do Boeing 777X ainda por certificar —, a transportadora sediada em Doha continua a investir fortemente na expansão da sua capacidade. O elevado grau de concorrência no setor, especialmente por parte de outras companhias do Golfo, como a Emirates e a Etihad, motiva a constante modernização da frota.
Embora ainda não tenham sido confirmados os modelos exatos incluídos no negócio, a frota atual da Qatar Airways já integra aviões 787 Dreamliner e compromissos firmes com o 777X, o que torna provável a inclusão destes tipos na nova encomenda. A companhia poderá também ter tirado partido dos atrasos na entrega do 777X para negociar condições mais vantajosas com a Boeing.
A liderança da Qatar Airways já vinha manifestando interesse numa renovação de grande escala da frota de longo curso, e tudo indica que esse plano está agora a concretizar-se. A sua posição geográfica e o modelo de negócios orientado para ligações intercontinentais tornam essenciais as aeronaves widebody, que garantem a conectividade global a partir do hub de Doha.
Esta renovação de frota visa não só acompanhar a concorrência direta no Médio Oriente, mas também preparar a empresa para manter uma posição de destaque na próxima década. As transportadoras da região estão a modernizar-se para aumentar a eficiência operacional, reduzir custos e melhorar a experiência dos passageiros — fatores-chave no sucesso das companhias desta parte do mundo.
Com olhos postos no futuro, a Qatar Airways pretende assegurar que, até à década de 2030, não enfrenta limitações de capacidade que possam comprometer a sua competitividade global.