O Aeroporto Internacional de Sanaa (SAH), no Iémen, foi descrito como “totalmente destruído” na sequência de uma série de ataques aéreos levados a cabo por Israel contra militantes Houthi apoiados pelo Irão.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) confirmaram que aviões de combate atingiram o principal aeroporto iemenita no dia 6 de maio de 2025, classificando-o como um “ponto estratégico do regime terrorista Houthi”. Segundo as autoridades israelitas, a infraestrutura estaria a ser usada para a transferência de armamento e de combatentes, sendo mais um exemplo da “utilização abusiva de instalações civis com fins militares”.
Fontes do aeroporto indicaram à agência AFP que três aeronaves da Yemenia Airlines foram destruídas no ataque, juntamente com grande parte das instalações. Há relatos não confirmados de que os aviões danificados incluíam dois Airbus A320 e um A330-200.
O ataque terá sido uma resposta direta ao lançamento de mísseis pelos Houthi contra o Aeroporto Ben Gurion (TLV), em Israel, ocorrido em 4 de maio de 2025. A ofensiva provocou o disparo de sirenes por todo o país, levou ao encerramento temporário do aeroporto e causou, alegadamente, quatro feridos.
No dia seguinte, 5 de maio, as IDF lançaram ataques aéreos sobre diversos alvos ao longo da costa do Iémen. A ofensiva contra o aeroporto de Sanaa foi descrita como “cirúrgica”, com medidas adotadas para minimizar danos colaterais a civis e infraestrutura não militar.
“As Forças de Defesa de Israel continuarão a agir, independentemente da distância, contra qualquer ameaça que ponha em risco os cidadãos do Estado de Israel”, afirmou o exército em comunicado oficial.
Em resposta ao agravamento da situação na região, várias companhias aéreas optaram por suspender temporariamente os voos de e para o Aeroporto Ben Gurion. A decisão foi mal recebida por Israel, que a interpretou como uma cedência à pressão dos Houthi.
Entre as transportadoras que anunciaram a suspensão de operações estão a Delta Air Lines, United Airlines, Ryanair, Air France-KLM, British Airways e Lufthansa Group. A companhia SWISS informou nas redes sociais que os voos para Telavive estariam cancelados até 6 de maio, oferecendo aos passageiros afetados a possibilidade de remarcar gratuitamente ou solicitar o reembolso integral.