A Boeing divulgou os resultados do primeiro trimestre de 2025, com sinais de recuperação nas receitas, mas ainda sem alcançar a rentabilidade.
A fabricante norte-americana registou receitas de 19,5 mil milhões de dólares, um aumento de 18% em comparação com o mesmo período de 2024. Este crescimento foi impulsionado pela entrega de 130 aviões comerciais — uma subida de 57%. No entanto, a empresa continua a apresentar prejuízos: o resultado líquido foi negativo em 31 milhões de dólares, embora significativamente melhor face aos 355 milhões negativos do ano anterior.
A nível de rentabilidade, a Boeing reportou uma perda GAAP por ação de 0,16 dólares e uma perda core (não-GAAP) de 0,49 dólares por ação. O fluxo de caixa operacional manteve-se negativo em 1,6 mil milhões de dólares, com um fluxo de caixa livre também negativo em 2,3 mil milhões.
No balanço, a empresa dispõe de 23,7 mil milhões de dólares em caixa e investimentos, contra uma dívida de 53,6 mil milhões. A carteira de encomendas totaliza agora 545 mil milhões de dólares, com mais de 5.600 aviões comerciais por entregar.
Por segmento, a aviação comercial gerou 8,1 mil milhões de dólares (75% de crescimento), com destaque para a retomada da produção do 737 e os testes do 777X. A área de Defesa, Espaço e Segurança obteve 6,3 mil milhões em receitas, com uma margem operacional de 2,5% e um novo contrato para o caça F-47 da Força Aérea dos EUA. Já a divisão de Serviços Globais manteve-se estável, com receitas de 5,1 mil milhões e uma margem sólida de 18,6%.
Apesar da ausência de lucros, os sinais de melhoria operacional sugerem uma trajectória de recuperação para os próximos trimestres.