A LAM – Linhas Aéreas de Moçambique anunciou a suspensão da rota internacional Maputo-Lisboa-Maputo, com efeito a partir desta quarta-feira, 19 de fevereiro, bem como das ligações regionais para Harare, no Zimbábue, e Lusaca, na Zâmbia.
Os voos entre Maputo e Lisboa eram operados ao abrigo de um contrato ACMI com a euroAtlantic.
A companhia aérea justifica a decisão com as perdas acumuladas nestas rotas, que totalizam 21,3 milhões de dólares.
Esta medida insere-se na estratégia de reestruturação da empresa, alinhada com o plano de governação dos primeiros 100 dias, e visa consolidar e reforçar o mercado doméstico e regional, dando prioridade às ligações internas e apostando na melhoria da qualidade dos produtos e serviços prestados aos passageiros.
Num comunicado, a LAM esclareceu que esta rota fazia parte de um conjunto de operações deficitárias, incluindo as ligações Maputo-Harare-Lusaca, já descontinuadas, e Maputo-Cidade do Cabo, que ainda se encontram sob análise.
A suspensão das rotas internacionais reflete a determinação da LAM em imprimir uma nova dinâmica ao negócio, visando a otimização da rentabilidade das operações e a melhoria da eficiência da gestão.
A empresa sublinha ainda que esta decisão representa um passo estratégico de renovação e progresso, com vista a uma aviação nacional mais moderna, comprometida em proporcionar uma melhor experiência de voo aos moçambicanos e a todos os seus clientes.
Importa referir que a rota entre Maputo e Lisboa esteve suspensa durante quase 12 anos, tendo sido retomada a 20 de novembro de 2023, como parte do plano de revitalização da companhia. Esta recuperação ocorreu após a entrada da empresa sul-africana Fly Modern Ark (FMA) na gestão da LAM, em abril do mesmo ano, para conduzir o processo de reestruturação.