Ministro das Infraestruturas diz que privatização da TAP só avança com a garantia de “condições estratégicas para o país”.

“Se não forem garantidas as questões estratégicas para o país, não há privatização e a TAP fica como está”, garante o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, numa entrevista ao Jornal de Notícias e à TSF em que o futuro da companhia aérea foi um dos temas em destaque.

No que respeita ao futuro da empresa, o que é essencial, nota, é a continuidade do hub e da sede da TAP em Lisboa, a par da manutenção das rotas estratégicas para a América, em particular para o Brasil e América do Norte.

“Podemos ficar orgulhosamente com um investidor português, mas não estou a ver hoje, em Portugal, essa capacidade”, diz.

“Estou a ver, isso sim, investidores portugueses associarem-se a investidores internacionais”, sublinhou ainda Miguel Pinto Luz.

O ministro vê a sinalização de “uma dúzia de interessados” na companhia aérea, três dos quais – Air France/KLM, Lufthansa e IAG/British Airways – já estão a realizar reuniões com o governo, como prova de “uma enorme apetência pela TAP (…) uma companhia saudável, com paz social, a crescer, ainda que limitada nesse crescimento pelo plano de reestruturação”.

E se há divergências entre PS e PSD no processo de privatização da companhia aérea e na parcela de capital a alienar, Pinto Luz sublinha que “é mais aquilo que nos une (vender a TAP) do que aquilo que nos separa”.