O Grupo TAP concluiu a reestruturação que deixou a companhia aérea TAP SA com as empresas Portugália, UCS (a unidade de cuidados de sáude) e Cateringpor (empresa de catering), conforme anunciado pelo Ministério das Infraestruturas em um comunicado. A TAP SGPS, que detinha essas participações, foi desvinculada dessas empresas e passou a se chamar Siavilo SGPS, evitando assim associar o nome da holding à companhia aérea, que tem mostrado resultados positivos, enquanto a SGPS ainda enfrentava dificuldades financeiras. A alteração no nome da SGPS foi registrada no portal da Justiça em 8 de janeiro deste ano.

No comunicado, o Governo não divulgou os valores das transações em que a TAP SA adquiriu as participações da SGPS, mas destacou que as operações eram necessárias para o cumprimento do Plano de Reestruturação acordado com a Comissão Europeia, visando preparar a TAP SA para o processo de reprivatização. Apenas a aquisição da Cateringpor pela TAP SA está a aguardar a aprovação do Tribunal de Contas.

Além dessa reestruturação, o Governo também informou sobre o último aporte de capital na TAP, no valor de 343 milhões de euros, que completou a reestruturação financeira prevista no plano. Esse pagamento estava inicialmente previsto para o final de 2024.

A TAP SGPS, empresa totalmente estatal, ficou marcada pela sua condição financeira negativa, com um passivo superior a 1,3 mil milhões de euros. Além das participações alienadas, a SGPS herdou diversas obrigações financeiras, como a liquidação da empresa de manutenção no Brasil e o reembolso de 120 milhões de euros relacionados às obrigações da companhia Azul e da Parpública, com juros adicionais de quase 100 milhões de euros.