Boeing entregou 348 aeronaves comerciais em 2024, uma redução significativa face às 528 de 2023

A Boeing enfrentou desafios significativos em 2024, resultando numa queda nos pedidos e entregas de aeronaves comerciais. A empresa entregou apenas 348 aeronaves, uma redução em relação às 528 entregues em 2023, marcando o menor número desde 2021. Além disso, os pedidos totais diminuíram para 569 aeronaves, com 192 cancelamentos, resultando em 377 novos pedidos líquidos.

Em contraste, a Airbus ampliou a liderança no mercado. A fabricante europeia entregou 766 aeronaves em 2024, um aumento em relação às 735 entregues em 2023, embora ligeiramente abaixo da meta de 770. A Airbus também registrou 878 novos pedidos, com 826 após cancelamentos, consolidando sua posição dominante no setor.

A Boeing atribuiu suas dificuldades a uma crise na produção que afetou suas operações e impactou a reputação da empresa. Incidentes como a falha na instalação de componentes no 737 Max 9 da Alaska Airlines e uma greve de 53 dias por parte de seus operários contribuíram para a redução na produção e nas entregas.

Por outro lado, a Airbus demonstrou resiliência, aumentando seu ritmo de entregas e assegurando pedidos significativos, incluindo 82 aeronaves A330 e 142 A350, refletindo uma procura sustentada por novas aeronaves, especialmente no segmento de fuselagem larga.

A fabricante norte-americana continua no entanto com um bom desempenho nas entregas de aeronaves militares, com um total de 112 aeronaves fornecidas no setor da defesa em 2024.