A Austrian Airlines, membro do Grupo Lufthansa, tornou-se a mais recente companhia aérea a adotar a tecnologia AeroSHARK, concebida para melhorar a aerodinâmica das aeronaves.

A companhia de bandeira austríaca anunciou, a 14 de janeiro de 2024, que um dos seus Boeing 777-200ER (registo OE-LPC) realizou um voo entre Banguecoque (BKK) e Viena (VIE) equipado com superfícies especiais no revestimento da fuselagem, desenvolvidas para poupar combustível.

A AeroSHARK é fruto de uma colaboração entre a Lufthansa Technik, divisão de engenharia e manutenção do grupo, e a gigante química alemã BASF. A tecnologia baseia-se em pequenas nervuras transparentes, conhecidas como riblets, com cerca de 50 micrómetros, aplicadas em áreas estratégicas da fuselagem para melhorar o desempenho aerodinâmico da aeronave, permitindo poupanças de combustível. A inspiração vem da pele dos tubarões, que possui propriedades semelhantes e que deu origem ao nome da tecnologia.

Esta foi a primeira aeronave da Austrian Airlines, e o primeiro B777-200ER no mundo, a ser equipado com esta inovação. No entanto, outras companhias do Grupo Lufthansa já adotaram o AeroSHARK. A Lufthansa implementou a tecnologia em 17 aeronaves (incluindo um Boeing 747-400 e quatro B777F), enquanto a SWISS a aplicou em 12 B777-300ER.

A Austrian Airlines prevê instalar a tecnologia AeroSHARK em quatro dos seus seis B777-200ER, cobrindo uma área total de 830 metros quadrados por aeronave. A instalação deverá estar concluída até março de 2025, permitindo uma poupança de até 1% de combustível em cada voo.

Globalmente, outras companhias, como a LATAM e a All Nippon Airways (ANA), também adotaram a tecnologia AeroSHARK.