A companhia aérea sul-coreana Jeju Air comunicou que planeia reduzir suas operações entre 10% e 15% para intensificar os trabalhos de manutenção das suas aeronaves.

Embora o plano ainda não tenha sido concluído, a empresa confirmou o cancelamento de todos os 78 voos programados entre Gimhae, aeroporto que serve Busan, no sudeste da Coreia do Sul, e Clark, nas Filipinas, no período de 22 a 30 de março.

Adicionalmente, foram também cancelados outros 110 voos entre Gimhae e Kaohsiung, em Taiwan, previstos para o intervalo entre 3 de fevereiro e 29 de março.

A estratégia de redução das operações para o trimestre de janeiro a março, que inclui voos de e para o Aeroporto de Incheon, em Seul, deverá ser oficialmente definida até ao final desta semana.

Especialistas estimam que o corte nas operações possa impactar aproximadamente 1.900 voos durante o primeiro trimestre de 2024, afetando significativamente a maior companhia aérea de baixo custo da Coreia do Sul.

A investigação de um acidente ocorrido em Muan, no sudoeste do país, revelou que a Jeju Air teria reduzido o tempo destinado às inspeções de manutenção pré-voo, em busca de maior eficiência operacional.

Nos primeiros seis meses de 2024, a taxa de atrasos relacionados com questões de manutenção da Jeju Air (1,01% do total de voos) foi o dobro da média nacional, tornando-se a mais alta da Coreia do Sul.

Recorde-se que, em 29 de dezembro, um Boeing 737-800 da Jeju Air, proveniente de Bangkok, na Tailândia, realizou uma aterragem de emergência no Aeroporto de Muan, colidindo com um muro de betão ao final da pista, resultando na explosão da aeronave.

Entre os 181 ocupantes da aeronave, apenas dois membros da tripulação sobreviveram – uma assistente de bordo e um comissário de bordo –, num incidente que ficou marcado como o mais grave acidente aéreo ocorrido em solo sul-coreano.