O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) e a Boeing comunicaram a um tribunal que ainda não chegaram a um entendimento sobre a revisão de um acordo judicial. A renegociação tornou-se necessária depois de o juiz Reed O’Connor rejeitar o pacto inicial, em dezembro, devido a uma cláusula relacionada à política de diversidade e inclusão.

As partes informaram que continuam a negociar “de boa fé” e solicitaram ao juiz um prolongamento do prazo até 16 de fevereiro, permitindo que o novo governo tenha tempo para analisar o caso antes de qualquer decisão final.

Em julho, a Boeing admitiu culpa por conspiração para cometer fraude, em consequência dos acidentes fatais envolvendo o 737 MAX em 2018 e 2019, que causaram 346 mortes. No âmbito do acordo original, a empresa comprometeu-se a pagar uma multa de até 487,2 milhões de dólares, além de destinar 455 milhões para reforçar práticas de segurança e conformidade, sob supervisão judicial durante um período de três anos.

Contudo, o juiz O’Connor rejeitou o pacto, apontando uma cláusula que mencionava a política de diversidade do DOJ no processo de seleção de um monitor independente, responsável por auditar as práticas de conformidade da Boeing.