A companhia aérea israelita El Al anunciou a suspensão temporária das suas operações para Moscovo, após o incidente envolvendo a queda de um Embraer E190 da Azerbaijan Airlines no Cazaquistão.
De acordo com a companhia, a decisão foi tomada devido a preocupações relacionadas com a segurança no espaço aéreo russo. A El Al informou que irá reavaliar a situação na próxima semana, destacando que a proteção dos passageiros e da tripulação permanece como prioridade máxima.
O acidente ocorreu na quarta-feira, 25 de dezembro, quando fontes do Azerbaijão confirmaram à Euronews que o avião foi atingido por um míssil terra-ar russo durante um voo sobre Grozny, na Chechénia. Segundo os relatos, o míssil, disparado contra drones ucranianos, acabou por atingir o Embraer E190.
Estilhaços do míssil terão causado danos significativos à aeronave, comprometendo a integridade do voo e ferindo passageiros e tripulação. Apesar dos pedidos dos pilotos para uma aterragem de emergência em aeroportos russos, a autorização foi negada, e a aeronave foi instruída a continuar em direção a Aktau, no Cazaquistão.
Além disso, informações preliminares apontam que os sistemas de navegação GPS do avião foram bloqueados durante o percurso sobre o Mar Cáspio, dificultando ainda mais a operação.
De acordo com fontes do Azerbeijão, o míssil foi disparado por um sistema de defesa Pantsir-S, com o qual as forças russas tentam neutralizar drones sobrevoando a região. O chefe do Conselho de Segurança da Chechénia, Khamzat Kadyrov, confirmou que drones ucranianos realizaram ataques a Grozny na manhã do mesmo dia, mas afirmou que não houve vítimas nem danos na cidade.
Se confirmados os dados iniciais, este será o segundo caso em que forças russas são acusadas de destruir um avião comercial em plena década, sendo o primeiro o voo MH17, abatido na Ucrânia em 2014. Desta vez, entre as vítimas estão cidadãos russos e de países vizinhos.
Uma investigação mais detalhada deverá esclarecer os motivos que levaram ao disparo do míssil, à recusa de aterragem em solo russo e à ordem para o avião seguir até Aktau, mesmo tendo sofrido graves danos.