O aeroporto da cidade brasileira de Porto Alegre voltou a funcionar hoje depois de mais de cinco meses encerrado, na sequência das fortes inundações que atingiram a capital do estado do Rio Grande do Sul.
As inundações provocaram a morte de 183 pessoas e desalojaram cerca de meio milhão no Rio Grande do Sul.
“Com cerca de 80% da capacidade operacional, o aeroporto Salgado Filho, principal ‘hub’ do transporte aéreo da região Sul, retoma a operação de voos na próxima segunda-feira”, indicou em comunicado o Governo brasileiro, recordando que a reabertura “acontece após mais de 160 dias desde que o estado atravessou um dos piores eventos climáticos registados nas últimas décadas”.
O Aeroporto Internacional Salgado Filho, gerido pela empresa alemã Fraport, volta a operar com 71 voos domésticos por dia e cerca de 9.000 passageiros, para, em dezembro, atingir 100% da sua capacidade.
Os voos internacionais para a Cidade do Panamá também regressam em dezembro e, a partir de janeiro, iniciam as rotas para Buenos Aires, Lima e Santiago do Chile.
Na cerimónia de reabertura oficial e depois de aterrar no terminal, o ministro dos Portos e Aeroportos do Brasil, Silvio Costa Filho, frisou que uma das grandes missões do Governo é o de restaurar a atividade turística do estado.
“Um estado que representa mais de 11 milhões de habitantes. Sabemos o que o aeroporto representa para o PIB do Rio Grande do Sul, para o turismo de negócios, para o turismo de lazer e para o escoamento do transporte de cargas”, lembrou, de acordo com o comunicado.
No início de maio, as chuvas torrenciais provocaram uma subida repentina dos rios que rodeiam Porto Alegre e as que completamente as pistas do aeroporto, o décimo mais movimentado do Brasil antes da tragédia.
O encerramento obrigou os habitantes desta cidade, cuja região metropolitana tem mais de quatro milhões de habitantes, a recorrer a bases militares adaptadas para a emergência ou a percorrer centenas de quilómetros para apanhar um voo.
O Governo federal financiou 426 milhões de reais (cerca de 69 milhões de euros) para restaurar o aeroporto.