O Governo ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil para o envio de dois aviões Canadair para ajudar no combate ao incêndio que lavra há oito dias na Madeira. As aeronaves chegaram de Málaga à Ilha do Porto Santo, às 11:30 desta manhã de quinta-feira.
O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, adiantou, entretanto, que os aviões, que serão abastecidos na ilha do Porto Santo, com água potável, a partir das bocas de incêndio do aeroporto, e começam a operar a partir desta quinta-feira à tarde.
Estes aviões serão “utilizados sobretudo na cordilheira central”, disse, realçando que “nenhum destes meios pode ser utilizado nem em zona urbana, nem em zona agrícola, porque despejam cerca de 6.000 litros de água em cada descarga”.
“Será uma das hipóteses que temos de despejarmos maiores cargas de água na cordilheira central, em zonas […] onde é quase impossível o acesso de meios da nossa parte”, sublinhou.
O chefe do executivo madeirense referiu ainda que a avaliação da viabilidade de utilizar os dois Canadair começou na terça-feira, explicando que, entretanto, o pedido dos meios aéreos foi feito pela região ao Governo nacional, que por sua vez formalizou o pedido junto da autoridade europeia.
O incêndio rural na ilha da Madeira deflagrou há uma semana, dia 14 de agosto, nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e, através do Pico Ruivo, Santana.
Nestes oito dias, as autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores já regressaram, à exceção da Fajã das Galinhas, em Câmara de Lobos.
O combate às chamas tem sido dificultado pelo vento, agora mais reduzido, e pelas temperaturas elevadas, mas não há registo de destruição de casas e infraestruturas essenciais.
Alguns bombeiros receberam assistência por exaustão ou ferimentos ligeiros, não havendo mais feridos.
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