A suspensão dos voos da Air France e da sua subsidiária Transavia France para Beirute foi novamente prolongada, até quarta-feira, inclusive, devido à situação geopolítica no Líbano, anunciaram hoje as companhias aéreas.
A retoma das operações – interrompidas desde 29 de julho devido à “situação de segurança no Líbano” – “será sujeita a uma nova avaliação da situação no local”, indicou a Air France, em comunicado enviado à AFP.
Esta suspensão diz respeito às ligações entre Paris-Charles de Gaulle e Beirute, bem como aos voos de e para o Líbano operados pela Transavia France.
“A Air France reitera que a segurança dos seus clientes e tripulações é a sua prioridade absoluta”, insistiu a companhia aérea na mesma nota.
A transportadora garantiu ainda que os clientes que possuam uma reserva para voos de/para Beirute programados antes de 18 de agosto de 2024, inclusive, podem adiar ou cancelar a sua viagem gratuitamente.
Várias outras companhias aéreas suspenderam os voos para a capital libanesa, face aos receios de uma escalada militar entre Israel e o movimento xiita Hezbollah.
Por outro lado, a Air France continua a operar entre França e Telavive, enquanto outros grupos internacionais, como a italiana ITA, suspenderam as suas rotas para Israel pelo menos até 15 de agosto.
A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou quase 40 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.
Os receios de uma possível escalada militar no Médio Oriente aumentaram consideravelmente depois de o Irão e aliados terem intensificado as ameaças contra Israel.
O Irão, o grupo islamita palestiniano Hamas e o seu aliado libanês Hezbollah responsabilizaram Israel pela morte em Teerão, a 31 de julho, do líder do movimento islamita palestiniano, Ismail Haniyeh.
A eliminação do líder palestiniano ocorreu poucas horas depois de um ataque reivindicado por Israel ter matado o chefe militar do movimento libanês, Fuad Shukr, perto de Beirute.