A Airbus reviu em baixa as suas perspectivas para os resultados deste ano, devido à revisão dos seus programas espaciais e a problemas na cadeia de fornecimento de aviões comerciais.

Em termos financeiros, a principal mudança tem a ver com o lucro operacional líquido (EBIT) ajustado deste ano, que a empresa espera que seja de cerca de 5.500 milhões de euros, abaixo dos 6.500 a 7.000 milhões de euros previstos anteriormente, afirma o grupo do setor aerospacial, militar e da aviação num comunicado.

A empresa sublinha que a direção do negócio espacial realizou durante o primeiro semestre deste ano “uma extensa revisão técnica” de todos os programas, o que lhe permitiu identificar novos desafios comerciais e técnicos.

Neste sentido, foi decidido contabilizar custos no montante de 900 milhões de euros nas contas do primeiro semestre do ano fiscal, sobretudo relacionados com questões de calendário, carga de trabalho, riscos e os custos de certos programas de telecomunicações, bem como aspetos ligados à observação e navegação.

Na divisão de aviões comerciais, de longe a mais importante para a Airbus, a empresa constatou que enfrenta um problema “persistente” na cadeia de abastecimento, nomeadamente nos motores, nas aero-estruturas e nos equipamentos de cabine.

Perante estas dificuldades, a empresa estima agora que poderá entregar cerca de 770 aviões aos seus clientes até ao final deste ano, em vez dos 800 previstos anteriormente.

O gigante europeu está também menos otimista quanto ao ritmo do aumento da produção dos modelos emblemáticos dos aviões de corredor único A320.

Em vez de atingir 75 por mês em 2026, acredita agora que esse número será alcançado em 2027, conclui no comunicado.