A Agência Norte-Americana de Aviação Civil vai rever os procedimentos de segurança da United Airlines, particularmente afetada por incidentes com aviões Boeing, segundo uma carta enviada pela companhia aérea aos funcionários.

“Nas próximas semanas, iremos começar a ver uma maior presença da Agência Americana de Aviação Civil (FAA, na sigla em inglês) nas nossas operações, à medida que começarem a rever alguns dos nossos processos de trabalho, manuais e instalações”, pode ler-se na carta assinada pela vice-presidente da companhia, Sasha Johnson, e a que a que a agência AFP teve acesso.

A responsável da United Airlines garantiu que a empresa tem “uma forte cultura de segurança”, mas o número de incidentes relacionados com este tema nas últimas semanas levou a administração a avaliar se são necessárias alterações. 

A companhia adianta aos funcionários que a FAA, o regulador áereo norte-americano, concordou que é necessário avaliar “de perto” várias áreas das operações para garantir que está a ser feito tudo o que é possível para promover e incentivar o cumprimento das regras de segurança.

Neste sentido, “a FAA também irá suspender diversas atividades de certificação durante um período”.

A United Airlines detém a maior frota de Boeing 737 MAX 9, tendo 79 dessas aeronaves, e tem registado alguns incidentes desde o início do ano, entre os quais um episódio de parafusos mal apertados nas portas de aviões ou a perda de uma roda durante a descolagem num outro aparelho. 

A United Airlines é uma companhia área norte-americana que opera voos domésticos nos Estados Unidos e rotas internacionais, tendo registado em 2023 um lucro líquido de 2,6 mil milhões de dólares (2,4 mil milhões de euros à conversão de hoje).