A companhia aérea nacional israelita, El Al, anunciou hoje que vai suspender os voos de Telavive para Joanesburgo, no dia em que o Tribunal Penal Internacional deve pronunciar-se sobre a acusação de genocídio da África do Sul contra Israel.

“Como resultado da situação, há uma queda significativa na procura para vários destinos, incluindo a África do Sul. Por este motivo, vamos suspender a rota Joanesburgo – Telavive a partir do final de março”, declarou a companhia aérea através de uma mensagem divulgada hoje através das redes sociais.

“Todos os passageiros cujos voos vão ser cancelados serão informados e disponibilizadas alternativas”, acrescentou.

A El Al é uma das poucas companhias aéreas que ainda opera em Israel desde o início da guerra contra o Hamas desencadeada a 07 de outubro do ano passado.

O anúncio da companhia aérea foi feito horas antes da decisão do Tribunal Penal Internacional, em Haia, sobre a acusação de genocídio apresentada em dezembro pela África do Sul contra Israel.

O TPI deve anunciar se vai conceder as medidas provisórias solicitadas pela África do Sul, que obrigariam Israel a um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza.

Previsivelmente o Governo israelita deve rejeitar esta decisão, contrariamente ao Hamas, que se pronunciou a favor da cessação das hostilidades sob certas condições.

A guerra eclodiu a 07 de outubro de 2023, na sequência de um ataque do Hamas contra Israel que fez cerca de 1.200 mortos e 250 reféns.

O Exército israelita tem mantido uma forte ofensiva aérea, terrestre e marítima contra a Faixa de Gaza que causou, segundo o Hamas, 26.083 mortos e 64.487 feridos, na maioria crianças e mulheres, além de uma crise humanitária sem precedentes.