De acordo com uma publicação do “Financial Times”, o CEO da Ryanair, Michael O’Leary, está a aproximar-se de receber o prémio previamente estabelecido no valor de 100 milhões de euros em 2019. Se concretizado, este seria um dos maiores bónus já registados na história corporativa europeia.

O valor das ações da Ryanair atingiu 18,99 euros no fim da semana passada, aproximando-se do limiar necessário para que O’Leary possa receber o referido bónus. No entanto, já esta semana, o valor das ações da companhia aérea irlandesa sofreu uma queda, mantendo-se em torno de 18,7 euros por ação.

Conforme mencionado no artigo, O’Leary estabeleceu um acordo em 2019, no qual teria direito a opções de ações no valor aproximado de 100 milhões de euros caso o preço das ações da empresa atingisse a marca de 21 euros por 28 dias consecutivos, ou se a Ryanair relatasse lucros anuais depois de impostos de 2,2 mil milhões de euros.

Se esse marco for alcançado, O’Leary terá a oportunidade de adquirir 10 milhões de ações ao preço de 11,12 euros cada.

De acordo com os analistas financeiros, a média do preço-alvo das ações nos próximos 12 meses é de 24 euros, conforme dados da “Bloomberg”. Esse valor colocaria O’Leary facilmente acima do limiar necessário para receber o bónus.

Recentemente, durante uma visita a Lisboa, o CEO da Ryanair anunciou a redução de uma aeronave na Madeira e uma diminuição do tráfego nos aeroportos do Porto e de Faro no próximo ano, devido ao aumento das taxas aeroportuárias implementadas pela ANA/Vinci.

Numa conferência, O’Leary criticou repetidamente o governo e a ANA, chamando-os de “incompetentes”, enquanto lamentava a situação e anunciava os cortes necessários devido ao considerável aumento nas taxas aeroportuárias.