O novo líder socialista defendeu a sua ação como ministro com a tutela da TAP, rejeitando que esse período seja caracterizado pela indemnização a Alexandra Reis, mas pela intervenção financeira no período da pandemia da covid-19.

Esta posição foi assumida por Pedro Nuno Santos em conferência de imprensa, após ter sido oficialmente comunicada a sua vitória nas eleições para o cargo de secretário-geral de sexta-feira e sábado, com 62%, em que derrotou José Luís Carneiro, com 32%, e Daniel Adrião, que teve apenas 1%.

Depois do seu discurso inicial, o novo líder do PS foi várias vezes questionado sobre episódios que ocorreram na TAP no período em que foi ministro das Infraestruturas entre 2019 e o final de 2022, designadamente sobre a indemnização de 500 mil euros que então foi paga à ex-secretária de Estado do Tesouro Alexandra Reis para cessar as suas funções de administradora da empresa.

Interrogado se esse episódio, que conduziu a uma comissão parlamentar de inquérito, será um fator negativo ao longo da sua liderança no PS, Pedro Nuno Santos respondeu: “Todos nós temos episódios, fazem parte e nós aceitamo-los, aprendemos com eles”.

“Mas o trabalho não foi esse. O trabalho na TAP não foi uma indemnização. Foi salvar uma empresa que, se não tivesse sido intervencionada, estava fechada e que hoje está a dar lucro”, contrapôs Pedro Nuno Santos, recebendo palmas dos militantes socialistas que o ouviam.