O regulador federal da aviação dos EUA [FAA, na sigla em Inglês] autorizou na quarta-feira a SpaceX a tentar pela segunda vez o lançamento da sua nave Starship, depois da explosão ocorrida na primeira tentativa, em abril.
Em comunicado, a FAA indicou que a empresa de Elon Musk tinha “cumprido os critérios exigidos”, nomeadamente em matéria de segurança, ambiente e responsabilidade financeira, depois do fracasso do primeiro lançamento.
“Queremos fazer o segundo lançamento de ensaio da Starship em 17 de novembro”, publicou a SpaceX na rede social X.
Há uma oportunidade de duas horas para fazer o lançamento, a partir das 13.00 de Lisboa, a fazer na base da SpaceX, em Boca Chica, no Estado do Texas.
O desenvolvimento da Starship está a ser acompanhado de perto pela NASA, que conta com esta nave para as suas missões Artémis de regresso à Lua. Com efeito, uma versão modificada da nave pode servir para colocar astronautas na superfície lunar.
Em 20 de abril último, a Starship tinha feito a sua primeira descolagem, com a sua configuração completa, no Texas. Mas vários motores não funcionaram e a equipa da SpaceX fez explodir de propósito o foguetão ao fim de alguns minutos.
O lançamento provocou o lançamento de uma nuvem de pó a vários quilómetros do local, ele mesmo fortemente estragado, com pedaços de betão deslocados devido á potência dos motores.
O fracasso provocou a abertura de um inquérito ambiental e de segurança pela FAA, com várias organizações não governamentais de defesa do ambiente a anunciarem a intenção de processarem a SpaceX.
O Starship é um foguetão gigante com 120 metros de altura, composto por dois módulos: o de propulsão, designado Super Heavy, com 33 motores, com a nave Starship, que dá o nome à totalidade do foguetão, na parte de cima.
A inovação que representa consiste em ser totalmente reutilizável, com os dois módulos concebidos para regressarem ao local de lançamento, o que reduz os custos.
O plano de voo é o mesmo de abril: a navce deve tentar fazer uma volta “quase completa da Terra e mergulhar na água, algures no Pacífico, nas costas do Havai”, disse Musk. Desta forma, não vai atingir tecnicamente a orbita terrestre, mas vai ser “mesmo abaixo”.